terça-feira, 18 de novembro de 2003

COINCIDÊNCIA... OU TALVEZ NÃO.
Faz mais ou menos uma semana que escrevi o post "Recordações do meu Pai (II)", numa sequência de lembranças que foram realmente importantes e marcantes para mim.
Ontem, ao folhear um livro, deparei-me com a seguinte citação de Schopenhauer:

Portanto tudo paira por um momento e apressa-se a encontrar a morte. A planta e o insecto morrem no fim do Verão, o bruto e o homem ao fim de alguns anos. A morte fere sem se fatigar. Mas apesar disso, ou antes como se isso não existisse de maneira alguma, tal como se tudo fosse imperecível... É uma imortalidade temporal. Consequentemente, e apesar de milhares de anos de morte e decomposição, nada foi perdido, nem um átomo da matéria, e ainda menos do sêr interior que se exibe a si próprio como a natureza. Portanto em cada momento podemos gritar com satisfação: "Apesar do tempo, da morte e da decomposição, estamos ainda todos juntos!"

Fiquei profundamente perturbado!
Provávelmente o meu Pai lera Schopenhauer e retirara desta leitura as suas noções de eternidade, no entanto, como é que eu encontro, de forma casual, uma citação de tão reputado filósofo corroborando uma recordação com mais de cinquenta anos?
Não tenho explicações, teorias ou ideias. Eu até acredito nas coincidências, mas concordarão que há coincidências um pouco para além do extraordinário.

Diário de Bordo da Nave Espacial "Terra" - Tempo Estelar da Nova Era - 18 de Novembro de 2003

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