terça-feira, 16 de dezembro de 2003

O AZAR DE SADDAM.
O verdadeiro azar de Saddam Hussein é ser um iraquiano e não um português. Se neste momento ele estivesse prêso em Portugal, começava já por apelar para o Tribunal da Relação, caso a coisa não resultasse, então apelaria certamente para o Supremo Tribunal de Justiça.
Conforme eu aprendi em pequenino, supremo significa o que é máximo, ou seja, aquilo que não se pode ir mais além.
Em Portugal não é assim!
Portanto Saddam apelaria certamente ao Tribunal Constitucional, no qual os juízes são nomeados pelo poder político, o qual encontraria inevitávelmente uma inconstitucionalidade e faria tudo voltar à 1ª Instância. Deste modo o processo ir-se-ia repetindo, repetindo, até chegar à almejada prescrição do processo.
Assim aconteceu com muitos criminosos, tais como Otelo Saraiva de Carvalho e o resto das criminosas FP-25.
Azar o de Saddam! Bem podia estar em Portugal em vez do Iraque.

Diário de Bordo da Nave Espacial "Terra" - Tempo Estelar da Nova Era - 16 de Dezembro de 2003

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