segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

FUNDAMENTALISMO LAICO.
Para lá do conhecido "chauvinismo", prosápia e arrogância, os nossos conhecidos franceses continuam com o habitual, e quase irremediável, rol de estupidezes.
Agora, argumentando com a laicidade do estado, decidiram legislar sobre os "sinais exteriores de religiosidade". Como representantes de um proclamado estado laico, governantes franceses reuniram com líderes religiosos das respectivas comunidades residentes em França (Imaginem lá a idiotice e falta de coerência!), para depois legislarem sobre a proibição de símbolos religiosos nas escolas: O véu islâmico, aquela espécie de capachinho que os judeus usam, o crucifixo católico e não sei se mais algum.
E isto porquê? Porque se consideram um estado laico, civilizado, ocidental e convencido da sua suposta superioridade moral.
Agora reparem no contrasenso: Um "punk" com o cabêlo cortado em crista, pintado com as côres do arco-iris, todo prefurado de "piercings" e com ar de quem não toma banho há um mês, pode ir à escola nas calmas sem sêr chateado por ninguém, em nome dos superiores valôres da liberdade. Por outro lado, uma menina educada, bem vestida, limpa e perfumada, se tiver a cabêça coberta por um véu, está impedida de entrar na escola.
Isto é rídiculo! É a imagem no espelho de um fundamentalismo bacôco.
É gente insegura, assustada e mal formada, que mandou vir os emigrantes para lhes limpar os esgotos e agora não lhes aceita a herança cultural.
Por mim, preferia que cada um ficasse na sua terra, mas já que os mandam vir, ao menos tenham a decência de os respeitar e não se comportem desta forma vergonhosa, própria de verdadeiros colonialistas culturais.

Diário de Bordo da Nave Espacial "Terra" - Tempo Estelar da Nova Era - 22 de Dezembro de 2003

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