domingo, 28 de setembro de 2003

PRAZER REDOBRADO.
Ler livros de que gosto e que foram oferecidos, dá-me um prazer redobrado, ou seja, um prazer maior do que se tivesse sido eu a comprá-los.
Há pouco tempo, a minha filha mais velha deu-me o "Baudolino", de Umberto Eco. Li-o de uma assentada e como estava previsto, gostei imenso do livro. Mas além disso apercebi-me, que para lá da leitura, naquele livro havia o amôr de uma pessoa que me queria agradar e ver feliz, proporcionando-me evidentes momentos de prazer. Esta constatação, aparentemente evidente, nem sempre é entendida com clareza.
A minha mulher já me havia oferecido "O Pêndulo" e o meu irmão, "O Nome da Rosa" e a "Ilha do dia antes". Apercebo-me agora de quanto gostei desses livros, para além da magnífica, estética e erudita prosa de Umberto Eco.É que estes livros traziam em si a aura da ternura e do amôr, tornando-os assim objectos únicos e insubstituíveis.
O acto de receber só é valorizado, se percebermos que por traz dele está realmente o amôr e o carinho do ofertante.
Tentarei não ser mal agradecido.

Diário de Bordo da Nave Espacial "Terra" - Tempo Estelar da Nova Era - 28 de Setembro de 2003

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