Depois de uma verdadeira travessia no deserto, o Partido Socialista Francês (PSF), lá conseguiu eleger um PR por uma margem de cerca de 1,5%, mais por demérito da frenética e zigzagueante política de Sarkozy, do que por algum mérito de um aparelhista, cinzento e carreirista, falho de carisma e senhor de promessas irrealizáveis, como é apanágio de qualquer socialista emergido do Sec. XX.
Curiosamente, tanto Holande como António José Seguro, parecem clones do tipíco socialista "funcionário", que mais do que ter rasgos de inteligência política, governa para os "aparatitch" partidários que o puseram no poleiro, com todos os pequenos vícios e interesses corporativo/partidários associados a este comportamento político, autoconvencendo-se de que está a governar para o seu País.
Holande vai começar por desiludir os seus correligionários e depois disso, todos os Franceses, como afirmava com notável sagacidade política, Marine Le Pen.
O gaudio que reina no nosso depauperado PS, afirmando entusiasticamente o fim da aliança Merkozy, depressa passará a desilusão, com a inevitável constatação do aparecimento de uma aliança Merkolande, que apesar de alguma cosmética para "épater le bourgeois", pouco vai diferir da anterior.
E assim vai a Europa, de finanças germanizadas, de regimes liberais timoratos e de socialistas incompetentes. Nada que seja novo nesta Europa, que nunca foi unida e jamais o será.
Enquanto isto, Seguro e "sus muchachos" exultam, pois pensam que na manhã de espêsso nevoeiro que envolve a Europa, emergiu finalmente o seu D. Sebastião, triunfante e de rosa na lapela.
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