quinta-feira, 24 de maio de 2012

EM BUSCA DA PARTÍCULA DE DEUS.

Nada para mim se aproxima mais da bruxaria, do que a chamada física teórica.
Assisto com a mesma curiosidade às experiências levadas a cabo no CERN, situado nas profundezas da montanha da fronteira Franco-Suíça, como a que assistiria às misteriosas manipulações de um alquimista para transmutar o chumbo em ouro..
Procura-se então o Bozão de Higgs, a que, significativamente chamam a “Partícula de Deus”.
Ao que parece, tudo o que tem sido estudado na física de particulas ( e são imensas, tais como o electrão, o protão, o fotão, etc...) apenas explica a existência de energia no Universo e não como se formou a matéria.
 Para que isto fizesse sentido, o Sr. Higgs teorizou uma partícula, o dito bozão, sem a qual a existência da matéria não era possível, e  consequentemente o Sol, a Terra e Vida sobre ela, começando pelo próprio Homem. Sim, poderá ser considerada a “Partícula de Deus”, pelo menos como  condição primeira para a nossa existência.
É isto que tão activamente procuram no LHC, um anel com trinta Km. de extensão, no qual se podem acelerar partículas até às fronteiras da velocidade da luz com a singela finalidade de as fazer colidir frontalmente.
Explicava um cientista que a colisão em si não era interessante, pois o que importava eram os seus resultados, que consistiriam em mapear com rigor absoluto as trajectórias das sub(?) partículas daí resultates. Dizia o senhor que era como fazer colidir frontalmente dois Fórmula 1 a 300 Km/h e definir a trajectória e o ponto de queda de cada um dos destroços resultantes, do maior ao mais infímo parafuso.
Acredito piamente na utilidade disto tudo e dos biliões de Euros enterradeos nas montanhas Franco-Suíças, mas tal como Higgs, apenas suspeito de que esta espantosa experiência traga resultados práticos à humanidade, para além do prazer quase iniciático que parece extasiar os físicos teóricos e outros esotéricos cientistas .
Mas será que trará benifícios?
Tudo isto depende das quantidades de energia aplicadas ao Acelerador ( o tal LHC ) de modo a que as partículas adquiram tão estonteântes velocidades e esta energia tem vindo a ser progressivamente aumentada, o que tem levado os catastrofistas a temer pela segurança do Mundo. Houve até quem intentasse uma providência cautelar para parar a experiencia, argumentando que haveria a possibilidade de se criar um “buraco negro”, o qual poderia sugar a Terra e pôr  assim termo à sua existência como planeta, tal como a alegoria em que a cobra começa a comer a própria cauda até desaparecer.
No que me diz respeito, qualquer das situações é positiva. Se houver benefícios para a humanidade, óptimo! Se criassem o tal “buraco negro”, o apocalipse seria quase instantâneo, levando todos consigo sem dor nem sofrimento. Não ficava ninguém para carpir e não haveria saudade dos desaparecidos. O mundo morreria de súbito ataque cardíaco em vez de sucumbir ao longo e doloroso cancro que parece ser o seu destino.
E convenhamos, seria de uma extrema ironia que o Homem destruísse o Mundo, não à bomba, como o previsto, mas sim a tentar desvendar os mistérios da Criação, tal Eva tentada a comer  o Fruto Proíbido da àrvore do Conhecimento.

1 comentário:

Matilde disse...

Concordo, o que tenho pena é de, se for engolida pelo buraco negro, nunca o vir a saber :)