Assisto com a mesma curiosidade às experiências levadas a cabo no CERN,
situado nas profundezas da montanha da fronteira Franco-Suíça, como a que assistiria
às misteriosas manipulações de um alquimista para transmutar o chumbo em ouro..
Procura-se então o Bozão de Higgs, a que, significativamente chamam a
“Partícula de Deus”.
Ao que parece, tudo o que tem sido estudado na física de particulas ( e
são imensas, tais como o electrão, o protão, o fotão, etc...) apenas explica a existência
de energia no Universo e não como se formou a matéria.
Para que isto fizesse sentido, o
Sr. Higgs teorizou uma partícula, o dito bozão, sem a qual a existência da matéria
não era possível, e consequentemente o
Sol, a Terra e Vida sobre ela, começando pelo próprio Homem. Sim, poderá ser
considerada a “Partícula de Deus”, pelo menos como condição primeira para a nossa existência.
É isto que tão activamente procuram no LHC, um anel com trinta Km. de
extensão, no qual se podem acelerar partículas até às fronteiras da velocidade
da luz com a singela finalidade de as fazer colidir frontalmente.
Explicava um cientista que a colisão em si não era interessante, pois o
que importava eram os seus resultados, que consistiriam em mapear com rigor absoluto
as trajectórias das sub(?) partículas daí resultates. Dizia o senhor que era
como fazer colidir frontalmente dois Fórmula 1 a 300 Km/h e definir a
trajectória e o ponto de queda de cada um dos destroços resultantes, do maior
ao mais infímo parafuso.
Acredito piamente na utilidade disto tudo e dos biliões de Euros
enterradeos nas montanhas Franco-Suíças, mas tal como Higgs, apenas suspeito
de que esta espantosa experiência traga resultados práticos à humanidade, para
além do prazer quase iniciático que parece extasiar os físicos teóricos e
outros esotéricos cientistas .
Mas será que trará benifícios?
Tudo isto depende das quantidades de energia aplicadas ao Acelerador (
o tal LHC ) de modo a que as partículas adquiram tão estonteântes velocidades e
esta energia tem vindo a ser progressivamente aumentada, o que tem levado os
catastrofistas a temer pela segurança do Mundo. Houve até quem intentasse uma
providência cautelar para parar a experiencia, argumentando que haveria a
possibilidade de se criar um “buraco negro”, o qual poderia sugar a Terra e
pôr assim termo à sua existência como
planeta, tal como a alegoria em que a cobra começa a comer a própria cauda até
desaparecer.
No que me diz respeito, qualquer das situações é positiva. Se houver
benefícios para a humanidade, óptimo! Se criassem o tal “buraco negro”, o
apocalipse seria quase instantâneo, levando todos consigo sem dor nem
sofrimento. Não ficava ninguém para carpir e não haveria saudade dos
desaparecidos. O mundo morreria de súbito ataque cardíaco em vez de sucumbir ao
longo e doloroso cancro que parece ser o seu destino.
E convenhamos, seria de uma extrema ironia que o Homem destruísse o
Mundo, não à bomba, como o previsto, mas sim a tentar desvendar os mistérios da
Criação, tal Eva tentada a comer o Fruto
Proíbido da àrvore do Conhecimento.
1 comentário:
Concordo, o que tenho pena é de, se for engolida pelo buraco negro, nunca o vir a saber :)
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